Faltando 4 cidades, auditoria já registra rombo de quase R$ 500 mil nas contas do Sintesac

A prévia de uma auditoria que está ocorrendo no Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesac) detectou um rombo de R$ 485 mil nas contas da entidade. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (29), no auditório do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), por membros da comissão provisória. A situação é resultado de 12 de anos de administração do ex-presidente Antônio Daniel.

Mesmo com a eleição da entidade sob judice, os novos integrantes decidiram fazer uma auditoria que detectou inúmeras “irregularidades e descasos”, entre as quais dívidas trabalhistas com fornecedores de alimentos, material de expediente, remédios, aluguéis, telefone, luz, entre outros.

“Vamos encaminhar esse prévia para a Justiça. Precisaremos de pelo menos um ano para normalizar esta situação de insolvência”, declarou o secretário-geral da comissão provisória, Adailton Cruz.

Tachando os ex-diretores de desleixo e falta de compromisso com a categoria, o sindicalista faz o seguinte questionamento: “Como uma entidade que defende trabalhadores não paga férias, 13º salário, horas extras e e não recolher FGTS e INSS? Para você ter uma ideia, a caminhonete e moto do sindicato estão penhorados na justiça”, exemplificou Cruz, informando que o sindicato possui 22 funcionários em sua folha de pagamento.

Como 25 anos de atuação e 6 mil filiados, o Sintesac arrecada cerca de R$ 110 mil e é o segundo maior sindicato do estado. “Ainda faltam auditar os município de Feijó, Tarauacá, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, informa Adailton Cruz, observando que o rombo pode ultrapassar meio milhão de reais.

O outro lado

A reportagem conversou com o ex-secretário geral do sindicato, Frank Lima, que negou todas as acusações. Segundo ele, não existem dívidas, mas seriam apenas despesas correntes e podem ser saudadas com o dinheiro que existe em caixa. “Dívida é quando se deve 500 e se tem 20, por exemplo. O sindicato tem R$ 200 mil em caixa que pagaria todas as despesas correntes, que são salários de funcionário, de médicos e dentistas”, esclareceu Lima, lembrando que as contas do Sintesac estão bloqueadas.

O ex-dirigente lembrou, também, que o patrimônio da entidade gira em torno R$ 50 milhões, justificando que algumas dívidas são por conta de investimentos em sedes sociais na capital e interior. “Temos a maior e a mais bem estruturada sede social do Acre. Quase todos os municípios foram beneficiados com a estruturação de suas sedes”, justificou ele.

JORGE NATAL, DA CONTILNET

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